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  • Renata dos Santos Bonatto

Você tem baixa autoestima?

Uma palavra que toda pessoa acaba conhecendo quando apresenta qualquer dificuldade em algum momento da vida é autoestima. Afinal, quem nunca deixou escapar uma frase depreciativa sobre si mesmo em um momento de decepção, fracasso e até tristeza por não ter conseguido realizar um objetivo (por exemplo, passar em uma entrevista de emprego, ser aprovado no vestibular, ser efetivado após um período de teste) e ter ouvido a seguinte frase: “você não consegue as coisas porque tem baixa autoestima”? E assim, autoestima virou causa para aquilo que dá certo (ou errado) em nossas vidas. Mas o que é autoestima?

A definição do dicionário traz “Autoestima: s.f. Sentimento de satisfação e contentamento pessoal que experimenta o indivíduo que conhece suas reais qualidades, habilidades e potencialidades positivas e que, portanto, está consciente de seu valor, sente-se seguro com seu modo de ser e confiante em seu desempenho”. (fonte: http://michaelis.uol.com.br)

É comum tratarmos a autoestima como uma característica que depende exclusivamente da pessoa, isto é, o indivíduo de alguma forma cria e constrói autoestima sozinho dentro de si, e esta autoestima que ele mesmo construiu causa suas vitórias ou erros no dia a dia. Contudo, quando nos perguntamos o que seria ter uma boa ou alta autoestima, costumamos descrever várias características: conseguir realizar todos os objetivos propostos, saber dizer não, confiar em si mesmo, não ter medo de receber críticas, conhecer suas próprias habilidades, não ter vergonha de ser quem é, valorizar características físicas com uso de roupas, maquiagem, dentre outros.


Com esses exemplos, percebe-se que autoestima não é um comportamento apenas, mas um conjunto de ações que realizamos em diversos contextos. Segundo Guilhardi (2008), além da autoestima ser um sentimento, ela é construída através da nossa interação com as pessoas de nossa comunidade, ou seja, familiares, professores, cuidadores e até amigos contribuem com o processo de construção da autoestima. Isso acontece quando fazemos ações que são consideradas adequadas ou positivas pelas outras pessoas e elas sinalizam isso para nós principalmente através de elogios (Guilhardi, 2008; Meyer, 2011).


Vale ressaltar que fazer algo adequado não necessariamente significa obter um resultado naquilo que nos propomos a fazer. Para a construção da autoestima, o processo, o contexto e o quanto a pessoa se mobiliza na ação são muitas vezes mais importantes do que o resultado em si. Embora a autoestima comece a ser construída ainda na infância, ela pode ser modificada em qualquer momento da vida.

Indivíduos que relatam ter baixa autoestima costumam duvidar de suas próprias capacidades, se esquivam de situações em que suas habilidades serão testadas, desistem de objetivos ao receberem críticas, mesmo que elas não tenham tanto fundamento e costumam achar que não são merecedores daquilo que recebem das outras pessoas, por exemplo, não são merecedores de amor, atenção, carinho e até mesmo de boas condições de trabalho e salário adequado.


O que fazer, então, para construir uma boa autoestima?


Quando pensamos em boa ou alta autoestima, costumamos associar a imagem de pessoas bem-sucedidas e, para alguns, pessoas bonitas ao conceito. Antes de se tentar estratégias para melhorar a autoestima, é importante entender que ninguém é perfeito e cada um de nós já errou alguma vez na vida e errará novamente em algum momento. E está tudo bem! Erros e fracassos são importantes para o nosso desenvolvimento pessoal, pois é através deles que podemos adquirir formas mais eficazes de lidar com as situações que enfrentamos diariamente. Além disso, autoestima é um conjunto de habilidades, portanto deve-se analisar quais habilidades precisam ser desenvolvidas.


Algumas estratégias para melhorar a autoestima:

  1. Estabeleça objetivos realistas: muitas vezes, por medo de sermos punidos ou decepcionarmos pessoas queridas, ou até mesmo para criar uma boa imagem de nós mesmos para as outras pessoas, acabamos colocando expectativas muito altas para as nossas ações que podem, inclusive, demandar habilidades que ainda não temos. Estabelecer metas com base naquilo que nós conseguimos cumprir e que já deu certo anteriormente pode evitar frustrações.

  2. Escolha bem com quem compartilhará suas vitórias e fracassos: algumas pessoas sempre vão nos criticar independente do que a gente faça. Procure compartilhar suas conquistas com as pessoas que sempre oferecem apoio e fazem críticas construtivas. Sentir-se amado apesar de suas falhas é um fator importante para melhorar a autoestima.

  3. Procure desenvolver as habilidades que estão faltando: às vezes não conseguimos passar naquela entrevista de emprego, mesmo tendo todos os requisitos, porque não conseguimos nos comunicar adequadamente. Podemos não sermos aprovados em um concurso ou vestibular, não por falta de esforço ou inteligência, mas por estabelecermos estratégias ineficazes de estudo.

E se ainda assim continuar difícil ou você sentir que não está conseguindo identificar de onde vem sua baixa autoestima, procurem profissional especializado.


Referências:

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